sábado, 10 de março de 2012

Bexigas Negras No Cemitério e a Estátua Vidente

Bexigas Negras No Cemitério e a Estátua Vidente Ângela era uma donzela que morava em Curitiba e não acreditava em esoterismo. Um certo dia, ela foi ao centro da cidade e viu algo curioso na Rua Quinze de Novembro: um homem fantasiado de estátua, com uma sacola de pano e um cartaz: - Estátua Vidente: - Derrube uma moeda no meu pote, que eu tiro cartas de tarô e leio a sua sorte. Então, mesmo sendo atéia, a jovem aproximou – se da figura e jogou um real na caixa. Assim a estátua mexeu – se, mostrou a sacola e disse: - Agora enfie a mão no saco e pegue três cartas. A primeira carta que a moça tirou foi o enamorado, a segunda foi à morte e a terceira foi à estrela. Desta forma o cartomante explicou: - Estas seqüências de cartas significam que hoje você passará por uma ilusão, depois cortará uma fase em sua vida para começar outra e após tudo isto seu sucesso brilhará. Pois a carta do enamorado significa ilusão, a da morte quer dizer mudança e a estrela é o sucesso. Ângela não acreditou, saiu de mansinho e foi até a academia onde estudava, localizada atrás do cemitério municipal. Quando estava passando na rua do campo–santo, ela avistou um menino vendendo bexigas pretas, que exclamou: - Moça, compra uma bexiga preta. - Por favor, leve um balão escuro para enfeitar o túmulo do seu parente querido... Desta maneira a donzela indagou: - Bolas de ar escuras? - O pessoal compra estas bexigas, mesmo. O menino explicou: - Antes minha família vendia flores aqui, mas vieram outros floristas, a concorrência aumentou e tivemos que desistir do negócio. Depois meus parentes passaram a vender velas, aqui em frente ao cemitério, porém outras criaturas fizeram a mesma coisa. Agora minha família teve a idéia de vender bolas de ar escuras. Apo ouvir isto a jovem ficou com pena do garoto e comprou o balão. Uma quadra adiante do cemitério, ela avistou uma menina muito pálida que aproximou – se e falou: - Moça, me dá esta bola? - É que eu parti no dia do meu aniversário e nem na festa eu consegui ficar... Ângela não entendeu o que aquela criança quis dizer, mas mesmo assim deu a bexiga para ela. Deste jeito a moça entrou na academia e assistiu à sua aula. Na volta, a jovem pensou: - Será que as pessoas compram bexigas escuras e colocam nos túmulos dos seus entes queridos? A donzela entrou no cemitério para confirmar. Assim ela percebeu que algumas tumbas estavam enfeitadas com bexigas. Até que Ângela aproximou – se de um túmulo enfeitado com um destes balões, viu a foto de uma garota e percebeu que era da mesma menina que tinha pedido a bola. Deste jeito a jovem leu a data de nascimento e morte daquela criança: 13.08.2000 – 13.08.2007. Logo a donzela pensou consigo mesma: - Nossa! - Esta garota, realmente, morreu no dia do seu aniversário! - Hoje é dia treze de agosto de 2008! - Será que tudo isto está relacionado com a previsão que a estátua fez? - Será que vi um fantasma, uma ilusão. De repente a bexiga se estourou e dentro dela saiu um bilhete. Ângela pegou o papel e leu: “– Os bons são como os sonhos: morrem cedo, mas nunca envelhecem. Pois ficam guardados com frescor no limbo e sempre retornam”. Luciana do Rocio

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